O arquiteto espanhol Santiago Calatrava mostrou, na tarde desta segunda-feira (21), detalhes do projeto do Museu do Amanhã, que será construído no Píer Mauá, na Zona Portuária do Rio. “O projeto prevê um museu totalmente autossuficiente. E vamos usar somente materiais recicláveis na construção”, frisou Calatrava. De acordo com a prefeitura, as obras começam no primeiro trimestre de 2011, com previsão de inauguração no segundo semestre de 2012.
Durante a apresentação, que contou com a presença de várias autoridades e personalidades da sociedade carioca, o arquiteto não se cansou de exaltar as belezas do Rio. “Eu fiquei impressionado com o visual da cidade em um entardecer no 'Mirador del Chines’”, disse, referindo-se à Vista Chinesa, na Zona Sul, um dos principais mirantes do Rio.
E a exuberância do Rio foi determinante na inspiração do arquiteto, que fez o projeto do Museu do Amanhã totalmente integrado à paisagem do entorno Píer Mauá, que inclui a Baía de Guanabara, o Morro da Conceição e o Mosteiro de São Bento. “Do interior do museu, o público vai poder contemplar, entre outras paisagens, o Dedo de Deus”, destacou Calatrava, referindo-se à montanha símbolo da cidade de Teresópolis, localizada a cerca de 90 quilômetros do Centro do Rio, na Região Serrana.
O secretário municipal de Desenvolvimento, Felipe Góes, esclareceu que a demolição do elevado da Elevado da Perimetral, bem como a construção de um túnel para substituí-lo, serão feitos através de verba captada junto à iniciativa privada. “A previsão é de que a obra comece no início de 2013, com duração de um ano”, explicou Góes. Com isso, o Museu do Amanhã deve ser inaugurado ainda com o elevado aberto ao tráfego.
O secretário frisou que o trânsito não deve sofrer grandes complicações. “Primeiro será construído o túnel sobre a Avenida Rodrigues Alves, que vai receber o fluxo da Perimetral. A obra do túnel vai ser realizada com o elevado ainda de pé”, afirmou.
O presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho, ressaltou que o “Rio de Janeiro passa por um renascimento civilizatório”. Para ele, é importante construir empreendimentos culturais ao mesmo tempo em que se recupera a infraestrutura do Rio. “Quando você revitaliza a cidade, a área cultural tem que avançar junto”, concluiu.
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